Caro leitor,
Esta síntese foi produzido a partir da apresentação da Dra. Professora Maria Rita Neto Sales Oliveira, no GT Didática, durante a 24ª Reunião Anual da ANPED, realizada em Caxambu-MG, de 7 a 11 de outubro de 2001. Estou disponibilizando este material e espero que ajude elucidar ou despertar o interesse sobre a “Educação Tecnológica”.
Este texto trata-se de
uma abordagem crítica sobre como está sendo usada à tecnologia na educação onde
devemos considerar que todo este aparato faz parte de um contexto de que o
conhecimento é também uma construção do processo histórico e social da
educação, ou seja, a política tecnológica adotada nos leva a perceber que
tecnologia é como um produto de mercado (pacote pronto) feito para ser aplicado
e consumido em larga escala e não conhecimentos, objetos de estudo e pesquisa.
Da forma que é
exposto podemos perceber a tecnologia está sendo polarizada. De um lado podemos
notar claramente o vinculo da tecnologia ao mercado consumidor, visto que, quem
tem tecnologia tem informação, e quem tem informação tem poder, nesse âmbito
não ter discernimento desse poder ou nem possui a capacidade de usa-lo é está completamente excluso, isto é, estar
sujeito a ser apenas um consumidor que participa de uma tribo tecnológica. No
outro lado do pólo esta a educação escolar, ou como deveria de ser, uma
instituição que carregaria à proposta de defender “o compromisso com a formação
humana ligada à assimilação, construção e produção cultural e não apenas à
transmissão de idéias, valores e conhecimentos”.
Fazendo
reverência ao mito tecnológico o texto nos leva interpreta-lo que diversos
educadores e o próprio estado (na forma de defender os interesses globalizados
da economia), fazem da informática na educação (uso de recursos informáticos na
gestão e administração escolar, na organização de dados na pesquisar
educacional, ou nas exposições didáticas), o grande antídoto para curar o
câncer da educação, isto é, numa visão árida e tecnicista que dando
microcomputadores como recurso didático ou
novas tecnologias organizacionais estará preparando o aluno para uma
nova sociedade.
A conclusão
dada é que “o reconhecimento de que a presença das tecnologias da informação e
da comunicação na educação e, particularmente, dos recursos da internet: não é
em si um fator de equalização social”, ou seja,
todo este aparato tecnológico se não vier arraigado de um senso critico
não trará nenhum acréscimo a nossa educação, mas e sim, um instrumento de
exclusão, e mais um formador de opinião e de consumo em massa.
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